quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Eu amo Crianças -

Eu me amo ♥ 4 aninhos
Eu tenho uma paixão incubida, aqui dentro, quase que escondida. Mas só de olharem em meus olhos já descobrem tal paixão. Tento ao máximo me conter e não me passar por desesperada, mas eu não consigo. É mais forte que eu. Me domina por completa. 
Se tem alguma coisa nesse mundo que me faz cometer loucuras e consegue me arrancar de dias terríveis do jeito mais simples do mundo, é o sorriso de uma criança. Independente de raça, cor, religião, sexo. Não tem segredo, quer me ver sorrir, quer me ver tranquila, quer me ver bem, coloca uma criança em minha frente. Se ela for séria e e tímida melhor ainda. É coisa de outro mundo o poder que esses pinguinhos de gente exercem sobre mim.
Engraçado como não tenho auto controle perto deles. Deve ser a paz que eles me passam. Porque o mundo tá se acabando em guerras, em brigas por poder, dinheiro, tudo, mas elas, as crianças, estão com seu bonequinho brincando apenas de salvar a mocinha. Estão com seus carros passeando pelas cidades. Essas cidades  onde não tem nada além de parques, sorveterias, loja de doces e brinquedos. Não há perigo. Na cidade delas não precisa do acompanhamento do pai para ir até a rua, para ir a casa do amigo, para ir brincar. Nesse mundo que elas vivem tudo é tão maravilhoso que elas nem percebem que estamos ali, protegendo-as de todo o mal, de um simples degrau a frente, uma ponta aguda próxima a sua testa ou de alguma coisa mais perigosa. Confesso ficar boquiaberta com o modo como elas levam a vida. Sinto saudade disso, dessa infância bem vivida, dos brinquedos, de dormir tranquila, doida para acordar e brincar novamente. Da saudade dos amiguinhos, da vontade e do prazer em ir a escola, do carinho mútuo, sem interesses e extremamente sincero. Queria mesmo era me retornar a essa época deslumbrante e reaprender algumas coisas básicas. Reaprender a rir das quedas e dos desenhos que os arranhões formam nos joelhos. Aprender novamente alguns significados de palavras necessárias. Como 'amor', 'amizade', 'perdão'. Perdoar era tão mais fácil, confiar então?
Queria era o colo da mamãe quando o coleguinha brigava comigo, queria era o paparico dos avós, queria mesmo era a falta de responsabilidade e queria mais, queria nem saber ver as horas. Queria amigos eternos novamente, queria a paz, a brincadeira, queria a diversão. Quero colo, quero cafuné, quero amor sincero, de graça, sem pressão, sem contas de pagamento. Quero gritar mamãe quando eu prender o dedo na porta, quero mingau, quero tudo isso.
Porque crescer? Sim, para dar continuidade a tudo isso, a todo esse ciclo natural da vida. Tudo bem então. Mas então deixa seu colo e seu cafuné a minha disposição. Deixa eu esfolar meu joelho, deixa eu brincar com minhas bonecas e deixa eu sorrir tranquilamente para o passarinho que passou na minha janela.
Por isso essa paixão aqui dentro. Forte e avassaladora. Uma criança chorando e eu pronto, já estou lá comprando o céu para ela ficar sorrindo novamente. Pode ser uma pitada de inveja, mas acho que não é não. Acho que é só admiração mesmo. Admiração por esse jeito tão tããão delas viveram essa vida. E tenho quase certeza de que é também uma certa proteção e cuidado, para que elas não percam nenhum segundo desse momento, para que quando for a hora de crescer, elas possam dizer, como eu digo: Fui uma criança muito feliz. Mas está na hora de crescer mesmo.
Continuo com esse amor por elas. Conhecidas ou não. Minhas ou não. Eu confesso, é mais forte que eu. Eu confesso mesmo: I Love Kids.


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